quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Psicanalise e educação

Psicanálise e Educação
      A função da escola sofreu alterações através dos séculos. A escola da idade Média acolhia da mesma maneira crianças, jovens e velhos; ela acolhia àqueles interessados nos hábitos escolares. Os pedagogos da Idade Média não privilegiando medidas educacionais no período da infância e da adolescência estendiam-na a toda duração da vida humana.
Só no final do século XVII, na origem das grandes transformações dos costumes entre a idade média e os tempos modernos que a educação começa a privilegiar crianças e adolescentes. Foram homens detentores da autoridade,da razão e do saber que compreenderam a particulariidade da infância e a importância tanto moral como social da educação; e da formação das crianças em instituições especiais adaptadas a esta finalidade.
Vários métodos educacionais foram inventados no decorrer dos séculos. Em alguns, a palavra da criança não se escutava, não podendo haver nenhuma manifestação de seu desejo. Ficando a criança como modelo em função dos ideais de seus pais e professores. E em outros, ditos liberadores, os educadores não tinham a preocupação de transmitir conhecimentos, as crianças não eram obrigadas a aprender. A criança diante de um educador abstinente, se absterá de fazer qualquer pergunta. Já que no processo educativo a criança identifica-se com o educador. Isto também não é uma exigência educativa para produzir seres modeladores, fonte de um controle ainda maior para gerar mais alienação ainda?
No início de nosso século, neste novo elo social da criança educada, disciplinada, futuros homens para uma sociedade harmoniosa, surge Freud com a psicanálise operando no sentido oposto ao dos ideais. Por sermos seres falantes, seres de linguagem, o mal-estar na cultura é incurável - não se pode adotar um ideal da adaptação. Por isto nenhuma pedagogia, nenhuma ortopedia da civilização, nenhum governo poderá prometer um bem supremo para o ser falante.
Nem a educação, nem a psicanálise poderá prometer um bem. Sabemos que aqueles que nos procuram vêm em busca desta felicidade. E é com esta busca da felicidade que o sujeito da psicanálise entrará no dispositivo analítico transferindo para o analista uma suposição de saber. Esta transferência que é o motor do trabalho analítico que possibilitará que o sujeito do inconsciente se constitua. Ela mesma no decorrer de uma análise terá que cair. O ato analítico inclui uma renúncia aos poderes que a transferência confere.
Já para o educador, onde a transferência é o motor para que a criança aprenda, ele tem cada vez mais que mante-la e sustenta-la. O educador reforça o eu do educando visando fortalecê-lo. É o oposto do trabalho de uma análise. Onde o analista por se abster de modelar, de querer guiar os pensamentos de seus analisantes, apoia-se no inconsciente para suspensão do recalque.
Não há relação entre educação e psicanálise; mesmo elas usando o mesmo motor vão para direções opostas. O único ponto que pode nos articular a psicanálise e educação é a análise do educador e a análise da criança. Pois a criança em análise trabalhando seu sintoma terá possibilidade de uma melhor posição no mundo, melhor aprendizagem na vida. E o educador trabalhando seu sintoma se desprenderá do poder de seu narcisismo; e não mais fará da criança seu ideal. O educador reconhecendo a existência do inconsciente pode renunciar a toda fantasia de domínio e de adestramento. Então, deste novo elo social em torno da criança educada, o passo freudiano foi anunciar a verdade que se impõe no sintoma. E não, em nome de uma nova moral, mas sim, no sentido oposto ao dos ideais.

Neusa Lais Coelho
Psicanalista - Membro da Escola da Causa Analítica
Instituto Tempos Modernos

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Precisamos de você

A
 Sociedade Psicanalítica Ortodoxa do Brasil (A maior Sociedade da America Latina com mais de 3.000 psicanalistas formados) com pólos de formação em todo Brasil necessita URGENTEMENTE formar mais profissionais para atender a demanda de pessoas que buscam a Psicanálise como única forma de suplantar seus desafios pessoais. Assim, oferece o curso de formação, capacitação, treinamento e credenciamento em Psicanálise. É um curso fantástico que abrirá um mundo novo. Estou oferecendo esta oportunidade só para 30 pessoas privilegiadas com capacidade para entender o projeto.  Julgo que  você seja uma delas.
Obs. Descontos para professores comprovadamente da rede publica e ou aposentados de  qualquer área.
Se você possui graduação universitária ou equivalente (tecnólogo) ou mesmo que ainda esteja cursando em qualquer área, ou ainda se você é profissional da saúde ou educação,  está apto a se tornar um(a) Psicanalista. Você pode também apresentar pessoas do seu convívio com a mesma condição.
Grato
Dr. Nilton de Oliveira   nilt_2002@yahoo.com.br   11-9943301

sábado, 20 de agosto de 2011

A vida imita a arte e vice e versa

E mais uma vez a frustração.Que final desejaria o publico para Léo, Vinicius, Cortez, Ismael...? A midia televisiva "globoiana" mais as revistas "especializadas" exploraram o que puderam a respeito do final da novela "Insensato coração" que ao contrario de toda expectativa criada, como acontece nos grandes eventos em que a populaçao é vinculada, embora tenha raspado nos acontecimentos politicos do momento, não acabou em pizza mas em samba, que dá na mesma. (Aliás o samba magnifico).

Nunca fui chegado ao cotidiano das novelas, mas, por indicação de um colega de profissão e de longa data, dispus-me a assisti-la o que pra mim foi uma boa experiência do ponto de vista de encontrar ali os varios aspectos de personagens do dia a dia de todos nós.

Pudemos ao longo dos meses observar patologias inerentes a qualquer elemento componenete da nossa sociedade borderline atual.

Defrontamo-nos com nucleos psicopatas como Vinicius, que engana a todos com ar de bom moço, que deixa transparecer aos poucos sua crueldade e perversidade. Na mesma linha segue o Léo, sedutor convincente, paranoico e sem limites. Segue-se o banqueiro com transtorno grave de carater, que não mede esforços nem uso de artificios escusos para conseguir seus intentos, seguido de seu advogado que sabendo de todas suas falcatruas é conivente e aproveitador da situação, "é portador do mesmo transtorno de carter"
O transtorno de personalidade que acompanha a pesonagem Eunice megalomaniaca, invejosa de uma auto estima doentia que esconde sua conduta promiscua.

Leva-se  ainda em consideração a Norma uma sadomasoquista que vem acompanhada por dois "aceclas" que compartilham de sua doença.
Não podemos esquecer o nucleo narcisico patologico vivido por Douglas e sua irma Nataly, nem a ninfomania nem o Dom Juanismo de André.

Bem chega por aqui. Há outros transtornos nos personagens, na estilista filha do banqueiro, na alcoolatra, no carcereiro e assim vai.

O fato é que tais personalidades fazem do nosso dia a dia. Desde a padaria onde se faz o café da manhã, passando pelos colegas de trabalho até os bancos universitarios á noite e na familia.

É preciso ficar atento e buscar ajuda assim que for detectado. Pode se tornar sempre pior se a demora para procurar ajuda for grande.

Quero pabenizar os autores pela constituição dos personagens.